Salman, o persa, foi escravo durante algum tempo. Era escravo de
uma pessoa rica. Por isso, ele nمo participou de vلrias campanhas
com o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz), como Badr e Uhud.
Ele foi ter com o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz). Este lhe
aconselhou que pedisse a sua liberdade por escrito ao amo. Este
estipulou o seu preço em plantar trezentas tamareiras e quarenta
onças de ouro.
725 Enciclopédia Jurídica. Ministério dos Bens Religiosos e dos Assuntos Islâmicos de Kuwait. Capítulo: “Escravidão”.
Os muçulmanos participaram no pagamento do estipulado sobre
Salman. Trouxeram-lhe as tamareiras, cavaram com ele os locais e o
prَprio Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) plantou-as com as suas
nobres mمos e Salman foi liberto.
A primeira campanha foi a Expediçمo dos Partidos. Foi ele que deu a
idéia de se abrir uma grande vala ao redor de Madina para protegêla
dos invasores. Quando a idéia deu certo, cresceu o conceito de
Salman pelo seu equilيbrio e seu empenho a serviço do Islam com
a idéia da vala. Os ansar disseram: “Salman é nosso.” Os Muhajirin
disseram: “Salman é nosso.”
O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: “Salman pertence à
casa profética.” 726
Dessa forma, o conceito dos escravos cresceu no Estado islâmico pelo
seu empenho e prestaçمo de serviços à sociedade. A sua condiçمo de
escravos nمo os rebaixava de seus irmمos muçulmanos. Nisso reside
o método prلtico em que o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz)
reuniu o empenho de seu povo para a libertaçمo de um escravo.
Dessa forma, obriga a sociedade a se empenhar para libertar o ser
humano da escravidمo.
726 Narrado por Hákim no “Mustadrak”, nº 6541; pelo Tabaráni, nº 6040. O episódio está espalhado nos livros da Biografia do Profeta nos acontecimentos da vala.