Entre o combate à escravidمo na lei islâmica estل a proibiçمo de todos
os aspectos de trلfico humano, principalmente com mulheres e
crianças livres. Abu Huraira (que Deus o tenha em Sua glَria) relatou
728 Narrado por Ahmad, 2/182. Compilado também por Abu Daoud, 4519; Ibn Mája, nº 2680.
que o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: “Deus disse: ‘Sou
adversلrio de três pessoas no Dia da Ressurreiçمo: o homem que deu
por Mim e entمo traiu, o homem que vendeu o livre e devorou o seu
preço, e o homem que empregou um funcionلrio que cumpriu a sua
tarefa e nمo lhe pagou o salلrio.”729
Ele tornou o trلfico humano como um dos aspectos de traiçمo,
de fraudes e injustiças. Deus, Exaltado seja, é adversلrio de todos
os fraudadores. Porém, quis ser mais duro com esses três tipos de
pessoas. Eles cometem crime grave que diz respeito aos direitos
humanos. Um traiu o irmمo humano, fez um tratado com ele, jurou
por Deus e o quebrou. O segundo vendeu o irmمo livre e o terceiro
usurpou o dinheiro de seu irmمo empregado. Ele é incluيdo no
pecado de trلfico humano como o segundo, porque empregou-o
sem direitos, contrariando as ordens do Profeta (Deus o abençoe e
lhe dê paz): “Pague o salلrio do trabalhador antes que seque o seu
suor.”730
O crime de trلfico humano, proibido pela lei islâmica, se infiltra com
vلrios aspectos que as sociedades ignorantes cometeram no passado
e no presente. As tribos لrabes o cometeram, os persas e os romanos
também o cometeram antes do advento do Profeta (Deus o abençoe
e lhe dê paz). Eles assaltavam as estradas dos livres, roubando seus
bens e os vendiam nos mercados de trلfico como escravos. Na idade
729 Narrado por Bukhári, Livro de Vendas, Capítulo: “O Pecado de quem Vende um Liberto.”, nº 2075.
730 Narrado por Baihaqui, nº 11439, baseado em Abu Huraira. Ibn Mája, nº 4234.
moderna os americanos seguiram essa conduta ignorante com os
negros. Estabeleceram organizaçُes de compra e venda de pessoas
livres, praticando os piores aspectos de discriminaçمo racial com eles.
Além disso, apareceram grupos de trلfico de crianças e mulheres para
empregل-los no comércio do sexo, além da utilizaçمo desses grupos
nas calamidades naturais e nas guerras para as suas atividades.
A melhor testemunha é o que aconteceu com a calamidade de
Tsunami e o que foi informado na imprensa de nْmeros aterrorizantes
de mulheres e crianças que foram comercializados sob o manto da
calamidade humana. O mesmo aconteceu com as vيtimas do povo
muçulmano na Bَsnia e Herzogovina depois que o exército sérvio
assassinou centenas de milhares deles, foram vendidas milhares de
jovens e crianças perante os olhos e os ouvidos do mundo civilizado.
Os paيses europeus e os Estados Unidos da América se transformaram
em grandes centros de trلfico humano através do crime organizado
que lucra anualmente mais de oito a dez bilhُes de dَlares com o
trلfico de crianças e mulheres. Isso de acordo com o Ministério da
Justiça dos Estados Unidos. A nobre lei islâmica proibiu a venda dos
livres, combateu o trلfico humano, proibiu a obrigaçمo das moças
de se prostituيrem. O Prudente Legislador diz: “Nمo inciteis as vossas
escravas à prostituiçمo, para proporcionar-vos o gozo transitَrio da
vida terrena, sendo que elas querem viver castamente. (24:33).
O crime de trلfico humano também viola o direito do ser humano
de ser livre. Viola os direitos das crianças e das mulheres de viver
num ambiente seguro e digno. Eles os arrancam de suas famيlias,
da convivência com os pais para levل-los para o inferno do domيnio
sexual, de subjugo e maltrato psicolَgico e fيsico. Todos esses
aspectos sمo proibidos pelo Islam e foram combatidos pelo Profeta
do Islam (Deus o abençoe e lhe dê paz).
Assim, o método profético tratou os aspectos da escravidمo e de
trلfico humano para registrar perante Deus, Altيssimo, e perante a
histَria que o sistema islâmico é o primeiro sistema na histَria da
humanidade que combateu a escravidمo e o trلfico humano.