O Profeta da Misericórdia Site

Liga do Mundo Islâmico - Organização Mundial para Apresentar e Apoiar o Mensageiro de Deus

Justice

Mohammad Muss'ad Yakout

Burtlay Saint Hilary1 disse, descrevendo o Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz):

“A sua personalidade abrangia dois dos mais magníficos aspectos que o ser humano pode ter: a justiça e a piedade.”[1]

O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) aplicava a justiça e a igualdade em todas as suas atividades cotidianas, com o estranho e o conhecido, na viagem e na residência, como devedor ou credor. Vemo-lo positivo quando participou na fundação de uma organização cujo objetivo é ajudar o injustiçado, o Hilf al Fudul (Aliança da Virtude) Ele elogiou a Aliança, dizendo: "Participei da Aliança da Virtude com os meus tios, enquanto jovem; eu não a trocaria, mesmo com os camelos mais valiosos."[2]

Exemplos de Justiça em Sua Sunna e Biografia

Primeiro: Sua proibição de escravizar as pessoas

O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) incutiu os valores da justiça e da igualdade na consciência de seus ministros e seguidores. Dizia, advertindo: “Não devem chamar os seus empregados de “meu servo ou minha serva. Todos são servos de Deus e todas as suas mulheres são servas de Deus. Diz: ‘Meu rapaz e minha rapariga, meu jovem e minha jovem.'"[3]

Segundo: Proibição da discriminação Racial:

Disse: “Todos vocês são descendentes de Adão e ele foi criado do barro. Que cessem aqueles que se orgulham de seus pais, pois são, para Deus, inferiores ao escaravelho.”[4]

O Profeta repreendeu Abu Zar (que Deus o tenha em Sua glória) severamente quando insultou Bilal com o ter a mãe negra.[5]

Terceiro: Sua Justiça Entre os Filhos

O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz) recusou ser testemunha para An Nu’man Ibn Bachir quando o pai foi ter com o Profeta para ser testemunha do que deu a um dos filhos e não deu aos outros. Ele O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse-lhe: “Não me faz ser testemunha de algo injusto.”[6]

Ele (Deus o abençoe e lhe dê paz) também disse: "Temem a Deus e sede justos entre os vossos filhos."[7]

Quarto: A Justiça Para com os não muçulmanos:

Ibn Abi Hadrad al Asslami relatou que tinha uma dívida com um judeu. Este se queixou ao Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz), dizendo: “Ó  Mohammad, esta pessoa me deve quatro moedas de prata e não me paga.”

O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse, confirmando a necessidade do pagamento imediatamente: “Dê-lhe o seu dinheiro.!”[8]

Versículos são revelados para inocentar um judeu, que foi acusado injustamente por alguns muçulmanos, numa longa história. Deus revelou: “Realmente, revelamos-te o Livro, a fim de que julgues entre os humanos, segundo o que Deus te ensinou, e não sejas defensor dos traidores.” (4:105).[9]

Quinto: Todos são Iguais Perante a Lei:

Quando os líderes coraixitas queriam interceder pela mulher makhzumita que havia roubado, e pediram para Ussama Ibn Zaid para interceder por ela junto ao Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz).” O Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe dê paz), repreendeu Ussama, dizendo: “Acaso pretendes interceder ante uma sentença prescrita por Deus? Juro por Deus que se Fátima, a própria filha de Mohammad, roubar, eu lhe cortaria a mão!”[10]

Sexto: Sua Justiça Entre os Grupos da Comunidade, e nisso há dois exemplos:

1.  Sua Justiça Entre Banu Curaiza e Nadhir na questão de Indenização por Sangue:

Os judeus de Banu Curaiza e Banu Nadhir, recorriam a ele em uma questão relacionada à indenização por sangue. Os judeus eram injustos uns com os outros quanto à indenização por morte dos seus em dobro aos mortos desta. Os Banu Nadhir eram mais ricos que os de Banu Curaiza. Por isso, os Banu Nadhir exigiam, quando algum deles era assassinado por alguém de Banu Curaiza, exigiam a indenização dobrada e quando tivessem assassinado alguém de Banu Curaiza pagavam a metade da indenização. Quando o Islam chegou a Madina, os Banu Curaiza se negaram a pagar o dobro e pediu justiça quanto ao pagamento pelo sangue. Pediram o arbitramento do Profeta da Misericórdia (Deus o abençoe e lhe dê paz) e ele igualou entre eles.[11]

2. A sua justiça entre os grupos na questão de irrigação e distribuição da água:

Os curaizitas, habitantes de Mahzur, foram ter com ele para arbitrar entre eles numa questão de água e irrigação. Ele julgou entre eles com justiça na distribuição. S'alaba Ibn Abi Málik relatou que ouviu que um coraixita tinha uma parte na propriedade dos Banu Curaiza. Ele queixou-se para o Profeta (Deus o abençoe e lhe conceda a paz) para arbitrar entre eles na questão do rio Mahzur,[12] cuja água dividiam. O Profeta (Deus o abençoe e lhe conceda a paz) julgou entre eles que a água até o calcanhar não pode ser represado e vedado a quem está abaixo.[13]

Sétimo: Os Princípios de Igualdade e da Justiça no Sermão de Despedida:

O Sermão de Despedida é considerado uma constituição importante no estabelecimento da justiça e da igualdade entre as pessoas. Herbert George Wells[14] analisa o Sermão, dizendo:

“A primeira sentença do sermão elimina tudo que havia entre os muçulmanos de roubo, vingança, dívida de sangue; a última sentença torna o escravo crente capaz de ser califa. Estabeleceu no mundo tradições importantes para o relacionamento justo e nobre.”[15]

Oitavo: A Justiça Entre o Governante e o Governado:

O valor da  justiça alcança seu auge quando o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe conceda a paz) permite que comandados exijam compensação de seus comandantes. Um soldado de nome Sawad Ibn Ghaziya, quando saiu fora do alinhamento, o Profeta (Deus o abençoe e lhe conceda a paz) o cutucou levemente no estômago, dizendo-lhe: “Fique alinhado, Sawad!” O soldado disse: “Ó Mensageiro de Deus! Doeu! Deus o enviou com a verdade e a justiça, compense-me.” O Profeta (S) descobriu o estômago e disse: “Vingue-se!”[16]

Estes são alguns comentários constantes sobre o Mensageiro de Deus (Deus o abençoe e lhe conceda a paz), em sua conduta e biografia que mostram como era a conduta moral em seu comportamento, quer seja mestre, pai, comandante e governante.

Que Deus abençoe e conceda a paz a Mohammad, aos seus familiares, seus companheiros e seus seguidores até o Dia do Juízo.

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Divulgador e pesquisador egípcio, membro da União Mundial dos cientistas muçulmanos, diretor de redação do site: O Profeta da Misericórdia. com

E-mail: Yakoute @gmail.com

Site oficial: www, yakoutweb.com

Celular 0020122885240 - 00201440539
Endereço: Baltim, Tarik Al Massiaf, Khalf Bank attanmiya, kafar el Cheikh, Egito.

[1] Burtly Saint Hilary: “Os Orientais e Suas Crenças”, pág. 39.
[2] Relatado por Ahmad, 1567, consta da Assulsula Assahiha,  nº 1900.
[3] Relatado por Musslim, 6011
[4] Relatado por Abu Daoud, 5118, e por outro. O Albáni considerou-o correto.
[5] Relatado pelo Bukhári, 29
[6] Relatado pelo Bukhári, 2456; relatado por Musslim, 3056, e o texto é de Musslim.
[7] Relatado pelo Bukhári, 2398.
[8] Relatado por Ahmad, 14942; o Albáni o incluiu na Assulsula Assahiha, nº 2108
[9] Relatado pelo Tirmizi, 296 e outros. O Albáni considerou-o correto.
[10] Relatado pelo Bukhári, 3475; e  Musslim, 4505. 
[11] Relatado por Abu Daoud, 3591; Nassá-i, 4733; o Albáni o considerou correto.
[12] Rio Mahzur, nome de um vale pertencente a Banu Curaiza no Hijaz.
[13] Narrado por Ibn Mája, 2481. Foi atestado pelo Albáni em Sunan Ibn Mája.
[14] Herbert George Wells (1866-1946. O famoso escritor britânico. Autor do livro: “Sinais da História da Humanidade”.
31. Herbert George Wells: “Sinais da História da Humanidade”, 3/640-641.
[15] Herbert George Wells: “Sinais da História da Humanidade”, 3/640-641.
[16] Narrado por Abu Daoud, 4538; por Nassá-i, 4791. Foi incluído pelo Albáni na Assulssula Assahiha, nº 2835.

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